A Importância da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco para a literatura brasileira

18/02/2021 07:24

 
A IMPORTANCIA DA FACULDADE DE DIREITO DO LARGO DE SÃO FRANCISCO PARA A LITERATURA BRASILEIRA
 
 
A Faculdade é composta de um pátio interno, onde nas paredes encontram-se nomes de escritores que lá estudaram, e salas nas laterais, cada uma com o nome de um jurista.
O direito é ensinado em salas de aula, enquanto a vida, no pátio, no recreio.
Segundo o professor Gofredo a faculdade é escola de vida, onde se forma de tudo, até advogado.
A literatura tem fundo moral e social, é assim que ela se justifica como arte.
E desta escola saíram escritores como Castro Alves, Rui Barbosa, Alvares de Azevedo entre outros.
Acontece que as pessoas são criadas conforme os valores morais, que não são os do direito, que são mais amplos que os morais, e os do direito é que se aprende ali, não só de um caráter técnico mas, filosófico, cria-se duvidas, que são debatidas com os colegas no pátio.
Enquanto os professores cuidam do dever ser, no pátio, área do  ser debatem-se as dúvidas.
Cada aluno tem uma verdade, sempre relativa, para tirar dúvidas de algo absoluto, o direito ensinado nas aulas.
Surgem conflitos, aí vem a primeira lição, respeitar e entender a verdade de cada um.
Foi nesse meio que foi criado Monteiro Lobato, Oswald de Andrade e Lygia Fagundes Telles.
O escrever nasce do conflito interno, que cria uma vontade intrínseca de tirar dúvidas e é ai que ele nasce.
Depois como um rastilho de pólvora se espalha por todos, pois afinal cada um quer contar sua dúvida de forma diferente ao linguajar utilizado nas salas de aula.
E, cada um cria sua forma, dando na verdade uma conotação estética a arte de escrever, assim nasceram correntes filosóficas como o modernismo.
Hoje acredita-se que a Faculdade tenha formado a totalidade da literatura do século XIX, e a metade do século XX, fazendo pois a história do Brasil.
Ao pensar em escrever esse artigo muito fiquei em duvida de tratar cada um como uma estrela que fulgura no céu das letras, ou mais um tijolo que mantém as Arcadas, optei pela segunda sem lembrar a primeira, porque todos foram, são e serão estrelas como Paulo Bonfim e Hilda Hilrst entre outros.
O pensamento da faculdade nunca foi unanime, como o modernismo teve ferrenho opositor que foi Monteiro Lobato.
Muitos não amaram faculdade como Oswald de Andrade, mas isso faz parte do mérito da casa, que foi construída com amor e com o  ódio.
E sobreviveu a lutas e revolução como a de 32, tão bem cantada nos versos de Guilherme de Almeida.
Não podia deixar de esquecer de José de Alencar com seu romantismo que muito influenciou a faculdade.
A semana de 22 traz em si uma revolução estética, preconizada pelo Manifesto Modernista de Mario de Andrade, que não foi acadêmico das Arcadas, mas influenciou a Mario de Andrade e outros, como a literatura tem um escopo moral e social, que a justifica como arte, teve grande com um meio dominado pelo romantismo, e o modernismo personalizado por Oswald, na faculdade.
Logo no princípio, a não aceitação do modernismo foi gritante, com conflitos entre estudantes e Oswald e sua mulher Pagú, Patrícia Galvão.
Hoje, não se pode falar de literatura brasileira, esquecendo este movimento, pois os escritores que vieram depois, e hoje enriquecem a nossa literatura, sofreram influência do modernismo e sua estética.
E a faculdade continua, com mais uma luta do passado enriquecendo o pensar dos seus alunos, e eles a vida cultural do Brasil, pois é na faculdade que aprendemos  conviver com as diferentes maneiras de pensar, e é isso que constrói a literatura. 
 
 
Escrito por Tito Mellão Laraya

A Faculdade é composta de um pátio interno, onde nas paredes encontram-se nomes de escritores que lá estudaram, e salas nas laterais, cada uma com o nome de um jurista.

                O direito é ensinado em salas de aula, enquanto a vida, no pátio, no recreio.

                Segundo o professor Gofredo a faculdade é escola de vida, onde se forma de tudo, até advogado.

                A literatura tem fundo moral e social, é assim que ela se justifica como arte.

                E desta escola saíram escritores como Castro Alves, Rui Barbosa, Alvares de Azevedo entre outros.

                Acontece que as pessoas são criadas conforme os valores morais, que não são os do direito, que são mais amplos que os morais, e os do direito é que se aprende ali, não só de um caráter técnico mas, filosófico, cria-se duvidas, que são debatidas com os colegas no pátio.

                Enquanto os professores cuidam do dever ser, no pátio, área do  ser debatem-se as dúvidas.

                Cada aluno tem uma verdade, sempre relativa, para tirar dúvidas de algo absoluto, o direito ensinado nas aulas.

                Surgem conflitos, aí vem a primeira lição, respeitar e entender a verdade de cada um.

                Foi nesse meio que foi criado Monteiro Lobato, Oswald de Andrade e Lygia Fagundes Telles.

                O escrever nasce do conflito interno, que cria uma vontade intrínseca de tirar dúvidas e é ai que ele nasce.

                Depois como um rastilho de pólvora se espalha por todos, pois afinal cada um quer contar sua dúvida de forma diferente ao linguajar utilizado nas salas de aula.

                E, cada um cria sua forma, dando na verdade uma conotação estética a arte de escrever, assim nasceram correntes filosóficas como o modernismo.

                Hoje acredita-se que a Faculdade tenha formado a totalidade da literatura do século XIX, e a metade do século XX, fazendo pois a história do Brasil.

                Ao pensar em escrever esse artigo muito fiquei em duvida de tratar cada um como uma estrela que fulgura no céu das letras, ou mais um tijolo que mantém as Arcadas, optei pela segunda sem lembrar a primeira, porque todos foram, são e serão estrelas como Paulo Bonfim e Hilda Hilrst entre outros.

                O pensamento da faculdade nunca foi unanime, como o modernismo teve ferrenho opositor que foi Monteiro Lobato.

                Muitos não amaram faculdade como Oswald de Andrade, mas isso faz parte do mérito da casa, que foi construída com amor e com o  ódio.

                E sobreviveu a lutas e revolução como a de 32, tão bem cantada nos versos de Guilherme de Almeida.

                Não podia deixar de esquecer de José de Alencar com seu romantismo que muito influenciou a faculdade.

                A semana de 22 traz em si uma revolução estética, preconizada pelo Manifesto Modernista de Mario de Andrade, que não foi acadêmico das Arcadas, mas influenciou a Oswald de Andrade e outros, como a literatura tem um escopo moral e social, que a justifica como arte, teve grande com um meio dominado pelo romantismo, e o modernismo personalizado por Oswald, na faculdade.

                Logo no princípio, a não aceitação do modernismo foi gritante, com conflitos entre estudantes e Oswald e sua mulher Pagú, Patrícia Galvão.

                Hoje, não se pode falar de literatura brasileira, esquecendo este movimento, pois os escritores que vieram depois, e hoje enriquecem a nossa literatura, sofreram influência do modernismo e sua estética.

                E a faculdade continua, com mais uma luta do passado enriquecendo o pensar dos seus alunos, e eles a vida cultural do Brasil, pois é na faculdade que aprendemos  conviver com as diferentes maneiras de pensar, e é isso que constrói a literatura.

 

 

Escrito por Tito Mellão Laraya

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