A Gestação
A GESTAÇÃO
A gestação dos meus textos, que são idéias que brotam nas folhas brancas de um papel, traz em mim transformações no ser. Aquilo que era uma fagulha é desenvolvida, e torna-se um raciocínio, em um diálogo profundo d’eu comigo mesmo.
Aos poucos, texto após escrito, vou modificando o meu pensar, o meu agir, despindo-me das idéias do mundo que me cerca.
Vou me transformando, sendo cada vez mais eu, independente de aprovação ou de interesse de ocasião.
Como são feitos na solidão, não há palpites, nem sedução de idéias que não são minhas, assim quem porventura gostar do que escrevo, gosta do íntimo do meu ser.
Penso, medito um pouco, e lembro-me de pessoas tristes, que no seu encontro mais íntimo reclamam não ter tempo para si.
Apresentam, muitas vezes, uma alegria esfuziante, que é transitória, pois na sua essência; não se satisfazem.
Ora por uma coisa, ora por outra, tudo é razão para lamúrias, em uma vida tão cheia de reclamações, que se sabe; lá não existe felicidade.
Se for com muito, se é com pouco, as idéias do meu ser não tem preço, pois sou eu, e este ser apenas existe, e não se vende, nem tampouco sabe quantificar o seu preço.
Por isso sou feliz, não me agrido, apenas amo a mim e a Deus, seja nas minhas orações, ou nas pessoas de minhas relações.