A Ditadura das Horas
A DITADURA DAS HORAS
Muito já se escreveu e se disse, principalmente em textos anarquistas, sobre o poder terrível do relógio, uma forma mecânica de representar o tempo organizado sobre a vida das pessoas.
Na verdade pior que a ditadura das horas, que em contrapartida permite que a vida se organize e o mundo ande, é a desculpa dos oras; “ora eu não podia chegar...”, e assim vai...
A colocação da existência sobre um viés matemático, se de um lado a desumaniza, de outro deixa possível. Os encontros tornam-se possíveis, a rotina tem um parâmetro para fluir, o existir é mais fácil, mas, o divino é atemporal, e não somos formas do divino também?
Está em achar o equilíbrio entre a teoria e a prática, marcarmos até um período para usufruirmos a convivência marcante e gratificante com o atemporal, sem se esquecer que vivemos em um mundo matemático.
É a matemática a forma de fiscalização sobre a praticidade da nossa existência, e está no compreendermos isto o resultado positivo ou negativo de nossa atividade.
É a sensibilidade a maneira de humanizarmos perante uma existência tão matemática, fria e cruel, e está na forma de aceitarmos uma que aceitaremos outra, e está no justo convívio entre as duas, no meio termo sem excessos existenciais, a única solução para a felicidade.
E aí que entra o contato com o ser superior, está no íntimo relacionamento, seja em oração ou meditação com a divindade a forma de termos o equilíbrio existencial!